
É comum que, nos primeiros meses de vida, o bebê apresente coriza, tosse ou nariz entupido. Mas toda mãe se pergunta: é apenas um resfriado ou pode ser pneumonia? Entender a diferença entre essas condições é essencial para garantir o bem-estar e a recuperação do seu filho.
Quando o resfriado no bebê se torna preocupante?
O resfriado em bebês é geralmente leve, embora cause desconforto. Ele costuma aparecer por volta dos 3 a 6 meses de idade, quando a imunidade materna começa a diminuir. Os sintomas mais comuns são nariz escorrendo, tosse leve, espirros e, às vezes, febre baixa. Porém, o que parece simples pode evoluir se não for acompanhado de perto.
Quando a febre se prolonga por mais de dois dias ou o bebê começa a ter dificuldades para mamar ou respirar, é hora de ligar o sinal de alerta. Nessa fase, o que parecia um simples resfriado pode indicar o início de uma infecção mais grave, como uma bronquiolite ou pneumonia.
O que é pneumonia em bebês e por que é tão perigosa?
A pneumonia infantil é uma infecção nos pulmões causada por vírus ou bactérias. Diferente do resfriado, ela pode causar febre alta persistente, respiração acelerada, chiado no peito e cansaço ao mamar. É uma das principais causas de internação de bebês com menos de 1 ano, principalmente nos meses mais frios.
O problema é que os sintomas da pneumonia nem sempre são claros no início. Muitas vezes ela começa como um resfriado comum, e só se revela mais tarde, quando a criança já está com o pulmão comprometido. Por isso, é fundamental prestar atenção aos sinais de alerta e procurar um pediatra diante de qualquer mudança no quadro.
Como diferenciar resfriado e pneumonia no bebê?
Sinais de um simples resfriado
Um bebê resfriado geralmente continua ativo, mama com certo conforto e apresenta apenas sintomas nas vias aéreas superiores. A febre, se existir, é leve e passageira. É comum que ele durma um pouco mais ou fique mais manhoso, mas nada muito diferente da rotina habitual.
Sintomas que podem indicar pneumonia
Já um bebê com pneumonia costuma ficar mais molinho, com respiração rápida, barulhenta ou com esforço. A febre tende a ser mais alta e contínua, e ele pode recusar o peito ou a mamadeira. Também é possível notar que as costelas se movimentam com mais força ao respirar, um sinal claro de esforço respiratório.
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Quais os cuidados essenciais em casa?
Para resfriados leves, o cuidado básico envolve oferecer líquidos (se o bebê já estiver em fase de introdução alimentar), manter o nariz limpo com soro fisiológico, manter o ambiente arejado e, acima de tudo, observar o comportamento da criança. Umidade do ar ajuda bastante, assim como evitar agasalhar demais o bebê.
Mas se houver qualquer suspeita de infecção mais grave, o ideal é buscar atendimento médico. Só o pediatra pode avaliar se será necessário iniciar antibióticos (no caso de pneumonia bacteriana) ou se o caso pode ser tratado apenas com repouso e observação.
Prevenção: como proteger seu bebê de infecções respiratórias?
Embora seja impossível evitar totalmente que o bebê tenha resfriado, é possível reduzir os riscos com algumas medidas simples: evitar locais fechados e aglomerados, manter as vacinas em dia, higienizar bem as mãos antes de pegar no bebê e limitar visitas nos primeiros meses.
No inverno, os cuidados devem ser redobrados. O uso do umidificador pode ajudar bastante a manter as vias respiratórias do bebê hidratadas. Outra dica importante é manter a amamentação em dia — o leite materno fortalece naturalmente a imunidade.
Quando correr para o hospital?
Se o bebê apresentar febre acima de 38,5°C por mais de dois dias, dificuldade clara para respirar, recusar a alimentação por horas ou apresentar lábios arroxeados, não hesite: vá ao pronto-socorro. O atendimento precoce pode evitar complicações e garantir uma recuperação mais tranquila.